quarta-feira, outubro 17, 2007

Levanta-te pela erradicação da Pobreza





Sabiam que existem cerca de 2 milhões de portugueses que vivem no limiar da pobreza?

Hoje faz ouvir a tua voz! Por um mundo melhor!

Levanta-te contra a Pobreza!

terça-feira, outubro 09, 2007

terça-feira, julho 03, 2007

Nomina Sont Odiosa*

A semana passada foi simplesmente deprimente.
O nosso país atingiu o cúmulo do ridículo. Parece que um certo senhor decidiu processar outro por exprimir opiniões num blog, uma certa directora de um centro de saúde foi exonerada porque se afixou um artigo de jornal na parede, um professor foi despedido porque disse uma piada sobre um gajo que ninguém sabe se tem licenciatura ou não. Gente sensível esta?

Ou será que os capuzes lhes serviram?
Parece que vivi toda a minha vida enganada, porque eu pensava que a Constituição Portuguesa me dava o direito de exprimir a minha opinião livremente sem ser arbitrariamente acusada de difamação…

*Os nomes são inoportunos. Cícero
Ter opiniões parece não ser coisa boa neste país. E exprimi-las em público dá direito a sofrer represálias. Faz-vos lembrar algo? D-I-T-A-D-U-R-A? Será que vamos chegar ao cúmulo de nos auto-intitularmos Estado de Direito e castigarmos os cidadãos por usufruírem da sua cidadania e tentarem participar um pouco mais nas decisões que afectam a sua vida?
Por enquanto, eu vou-me queixando. Mas sem dizer de quem é claro! Tenho marido e cinco filhos para criar!
Já agora aproveito para deixar um link muito interessante que todos devemos ler para nos cultivarmos um pouco: www.doportugalprofundo.blogspot.com


NOTA: A citação anterior de Cícero foi referenciada no livro CODEX 632 de José Rodrigues dos Santos. E pareceu-me apropriada considerando o ambiente “hostil” em que vivemos. Não estavam a pensar que eu realmente tinha lido Cícero, pois não?

terça-feira, junho 19, 2007

A Constituição Europeia: Que futuro?


No passado do0mingo, o Professor Martelo (vejo demasiado contra-informação eu sei)relembrou os portugueses que faltam menos de 15 dias para Portugal assumir a sua 3ª presidência da União Europeia. E tem já em mãos a “batata quente” da Constituição Europeia da qual a Alemanha tão airosamente se livrou…

Pessoalmente, ainda não tenho uma opinião 100% formada. Sinto que falta debate público sobre o assunto, um debate que verdadeiramente nos esclareça sobre as vantagens e consequências da existência de uma Constituição Europeia. E talvez até fosse mais sábio ser o j.r... a discutir este assunto visto que ele, de todos nós, é o melhor informado e com posição esclarecida. Mas, o j.r... tem estado muito preguiçoso...

O que me parece óbvio é que, caso todos os membros da União não ratifiquem o documento, a essência e propósito da União estará em causa.

Afinal, que Europa é esta que estamos a construir?
Uma potência económica? Parece que as bases ideológicas que orientaram a formação da União se encontram esquecidas e os europeus sabem disso. Por isso, mais do que discutir a Constituição, temos de discutir o futuro da União Europeia e os seus propósitos.

"60% dos casais portugueses não têm filhos e 24% só tem um" - notícia RTP1

A propósito do evento de domingo no Parque de Oeiras, “Barrigas de Amor”, voltou a discutir-se a questão da natalidade em Portugal e a não renovação de gerações.

Até o Sr. Presidente da República já apela para que os portugueses façam mais crianças. Ai se não houvesse Tv…
No entanto, há certas questões essenciais que devem ser tidas em conta.
1) Se há falta de bebés porque se fecham maternidades em sítios isolados de Portugal?
2) Porque é que os abonos de família são ridículos?
3) Porque é que a legislação laboral não protege quem deseje ter filhos?
4) Porque é que não há creches estatais suficientes?
5) Mais importante do que tudo, porque é que não há incentivos?

Há falta de bebés em Portugal? A maioria dos casais só tem um filho, quando tem? Daqui a relativamente poucos anos haverá um maior número de pessoas acima dos 65 anos do que abaixo dos 30? SIM! Porquê?
As razões são inúmeras e essencialmente económicas. Mas antes de discutir as causas, que todos decerto conhecem, decidi com este post avançar com soluções práticas e de tão simples (não simplórias!) que são até parece impossível que nenhum dos nossos governantes se tenha lembrado disto antes…

Srs. Ministros, aprendam comigo!

Injustiças sexistas no mundo do trabalho.
Quando uma jovem entra do mundo do trabalho normalmente depara-se com várias injustiças e uma delas é com certeza o fardo que é para o patrão ela poder vir a ser mãe um dia. É a licença de parto, as horas da amamentação, sempre que o puto está doente ela tem de faltar para o levar ao médico, vai chegar mais vezes atrasada porque teve de o levar ao infantário… Como resolve o patrão o seu problema? Despede-a antes dela casar, dá-lhe um salário menor devido ao incómodo que o puto causa na sua produtividade ou, e esta é a melhor de todas, especifica no seu contrato que no prazo de 5 anos a funcionária não tenciona ter filhos ou será despedida. E que tal um código do trabalho que funcionasse a favor dos direitos biológicos de ter um filho?

Abonos familiares de acordo com as necessidades reais dos portugueses.
Mas não é só isso! Porque não fazer com que os livros da primária, pelo menos, sejam grátis? Porque não criar mais infantários do estado com horários adaptados às verdadeiras necessidades horárias das famílias? Porque não existem no Serviço Nacional de Saúde médicos dentistas pelo menos para as crianças (existem nos Açores só)? Na Alemanha, por cada criança que nasce a um casal, uma percentagem da dívida de compra de casa que têm ao banco é “perdoada”. Porque não?

Uma pequena mensagem para todos nós pensarmos: MAKE BABIES NOT WAR!
Sempre é mais produtivo e divertido… ;)

terça-feira, maio 29, 2007

Animais no showbiz: Espectáculos de Tortura


Recentemente tive a oportunidade de assistir na televisão a algo verdadeiramente repugnante. Mais ainda porque eu estava a jantar. Devo confessar que o meu estômago não se revoltava tanto desde o desaparecimento de Maddie. Afinal do que é que eu estou a falar, perguntam vocês?

A nova forma de espéctaculo na China.
Jardins Zoológicos onde se pode ver “a natureza ao vivo”. Sujeitam-se tigres (entre outros) a uma sub-alimentação para que os turistas que visitam estes parques possam assistir dentro da sua camioneta blindada aos tigres a comerem as presas muitas vezes vivas. Um frango custa 4 dólares e uma vaca 12. Ás vezes até prendem o pedaço de carne a um veículo e arrastam-no para que os animais possam correr atrás do alimento. Dizem que dá mais entusiasmo ao espectáculo.

Onde estão os animais? A mim, parecem-me que estão dentro das carrinhas divertidos com o espectáculo… Somos degradantes!

terça-feira, maio 08, 2007

quinta-feira, abril 26, 2007

Quanto vale a vida humana?


Este post surgiu através do que temos ouvido recentemente nos media sobre o massacre nos EUA e sobre um anúncio na Internet para a venda de uma criança. Uma amiga perguntava-me: “Quanto vale a vida humana hoje em dia?”. Se formos atender ao que se passou recentemente… NADA.

A sociedade em crise de valores?
Não gostaria de ter de ser pessimista ao ponto de dizer que o único valor da sociedade neste momento é mesmo o dinheiro, mas sinto-me tentada. (Talvez acrescentasse igualmente a fama e o fast-tudo). Parece que o valor da vida humana se resume ao valor da arma e das balas ou então ao desejo incontrolável de TER um filho. Sem tirar responsabilidade aos indivíduos, gostaria de salientar as culpas da nossa sociedade em tudo isto. Vivemos numa sociedade interessada no consumo e na vivência intensa, onde a violência é gratuita e o que interessa é que a minha nova playstation é mais fixe do que a do meu vizinho (mesmo que para isso tenha de deixar de pagar a renda este mês).

Massacre nos EUA.
Hei-de voltar inúmeras vezes ao debate da violência porque é algo que mexe muito comigo. O jovem que perpetuou o massacre tinha problemas psicológicos graves (obviamente) e necessitava de ajuda. Mas o pensamento por detrás do acto é que verdadeiramente me perturba: “ah, chateei-me com a minha namorada, vou dar-lhe um tiro para ela aprender!”. Consegues entender? Há uns tempos li num jornal que os assassinatos por encomenda de antigos companheiros amorosos tinham aumentado drasticamente em Portugal. Isto faz-vos sentido?!

Tráfico de Pessoas.
O caso do anúncio da venda de bebés na Internet veio relembrar-nos da lacuna que existe na lei portuguesa que não penaliza a venda de pessoas. Mas veio também chamar-nos a atenção para a ESCRAVATURA do séc. XXI que infelizmente ainda existe. Como é possível que se venda uma criança como quem vende um cão de raça? É que parece mesmo um anúncio de venda de animais de estimação! Onde é que está o direito à dignidade das pessoas?

Onde está a igualdade e o respeito pelo outro?
No lixo? Espero que não. Ou estaremos a caminhar para um sítio que eu não quero descobrir onde vai dar.

quinta-feira, abril 19, 2007

O Nacionalismo está na moda?


Sei que talvez já seja um pouco fora de horas mas gostaria de expressar aqui a minha indignação pelo cartaz que um movimento nacionalista colocou na Marquês de Pombal. Esse cartaz dizia algum do género: “Imigração não! Nacionalismo é a solução!”.

Mensagem sugestiva.
Para mim e acho que para todos que tiveram a infelicidade de dar de caras com aquela aberração, é claro que isto é uma mensagem que incita à xenofobia e ao ódio entre raças. Eu sinceramente não percebo como foi permitido que um cartaz destes fosse colocado na rua quando me parece que viola claramente a igualdade de direitos dos imigrantes e o seu direito a estar neste pais. Não me digam que isto não vai contra a Constituição Portuguesa…

Imigrantes são bode expiatório.
A situação do país não está famosa, todos sentimos isso na pele. O desemprego está em valores recordes, o custo de vida é elevado, os salários são baixos e alguns dos serviços públicos (nomeadamente a saúde) são desastrosos. Mas em que medida isso é culpa dos imigrantes? Eles muitas vezes vêm para aqui fazer os nossos trabalhos “sujos” que nós portugueses, nos recusamos a fazer e ajudam a produzir muita da riqueza do país.

Imigrantes ilegais tiram emprego aos portugueses. (?)
Esse é um dos muitos argumentos que eu já ouvi mas não o aceito. Os imigrantes não estão ilegais porque querem! Mas sim porque o processo de legalização é demorado e demasiado burocrático. E como não têm papéis e não podem descontar, sujeitam-se a trabalhar em condições desumanas e com salários vergonhosos. E porquê? Porque os patrões se aproveitam das fraquezas destes imigrantes e não têm escrúpulos nenhuns em explorá-los!

Imigrantes aumentam a criminalidade. (?)
Ó meus amigos, isto não passa tudo de um grande ciclo vicioso. Os imigrantes não saem dos seus países para se tornarem criminosos profissionais em Portugal! Sem papéis, sem um salário digno e com muita fomeca na barriguita, é claro que as pessoas vão tentar sobreviver da melhor forma que conseguirem já que não têm acesso a uma rede de apoio social que lhes dê respostas adequadas! Se recorrerem a instituições públicas são imediatamente deportados…

Resposta dos Gato Fedorento simplesmente GENIAL!
Penso que a resposta bem merecida aos membros daquele movimento não poderia ter vindo em melhor altura e ter sido tão explícita. Tenho mesmo muita pena que tenham mandado retirar o cartaz deles, porque fazia todo o sentido…


A solução chama-se integração.
De certeza que não é nacionalismo! Se fazemos parte da União Europeia, onde praticamente já não há fronteiras e onde dentro de algum tempo aprovaremos uma Constituição Europeia (porque mais tarde ou mais cedo será aprovada), não faz sentido pensarmos em nacionalismo. Porque para se ser nacionalista, teríamos de considerar uma retirada da EU e eu não vejo vantagens nenhumas nisso. Tu vês?

O crescimento destes movimentos para mim é verdadeiramente preocupante. Onde iremos parar com estas ideias tão extremistas?

Se te sentiste como eu no meio disto tudo, expressa aqui a tua revolta! Vamos dar um grande BUUUHH às atitudes xenófobas que não têm lugar numa sociedade do século XXI!

terça-feira, março 13, 2007

Bush e Blair: Os Mentirosos Compulsivos

Hans Blix, antigo investigador da ONU diz que as provas de presença de armas de destruição massiça no Iraque eram nulas e que o seu relatório foi alterado no interesse de Bush e Blair.
Quanto a vocês não sei, mas eu sinto-me profundamente chocada. Que o Iraque nunca teve armas de destruição massiça já estamos carecas de saber (até porque ninguém nunca encontrou nada), mas ver na televisão, esfregarem-nos isto na cara de forma tão clara é humilhante e degradante. Se toda a gente sabia que não havia armas no Iraque, porquê apoiar Bush e Blair nesta guerra insana? Parabéns para nós mundo ocidental civilizado!
Mentirosos compulsivos desejosos de satisfazer o ego.
O Sr. Bush e o Sr. Blair devem ter achado um máximo invadir um país só pelo gozo de rebentar umas bombas e mostrarem a sua hegemonia ao mundo. Sem contar que apenas foram apoiados pelos homens fortes do capital dos seus países porque estes teriam o privilégio de saquear Bagdad do seu petróleo... O Sr. Bush conseguiu encabeçar uma vendeta pessoal.
Balanço de Guerra.
Milares de iraquianos morreram, livraram-se de um ditador e agora têm lá um bando de chupistas, estão à beira da guerra civil, a economia/política do país está dependente da "bondade" dos norte-americanos e milhares vivem abaixo do limiar de pobreza. Para não falar dos ocasionais bombistas que levam tudo à frente. Onde é que está a ameça terrorista e o fim do mundo que Bush e Blair preconizavam?
Como podemos nós compactuar com isto?
Eu nunca concordei com a guerra ou com o nosso apoio a Bush. No entanto, não consigo deixar de me sentir humilhada, revoltada e ultrajada! Imagino o que pensam os iraquianos de nós! Quem são os bárbaros agora?
Guerra com o Irão.
Se Bush cometer mais essa insanidade, eu como cidadã portuguesa não vou permitir que nehum contingente militar português saia a correr atrás dos disparates deste mentecapto! Portugal é e deve sempre ser um país amante de PAZ!

quinta-feira, março 08, 2007

Profissão de Alto Risco e Missão Quase Impossível

A sua missão, caso a aceite, é ser professor numa escola portuguesa. Quer seja sucedido nela ou não, está mensagem auto-destruir-se-á dentro de 10 segundos e, no final deste ano lectivo você estará no desemprego.

Pois é, estive a ler recentemente numa publicação diária que ser professor em Portugal é uma profissão de risco. Tudo isto a propósito das recentes agressões cometidas contra professores no Norte do país.

As agressões, apesar de lamentáveis e de condenáveis, não são propriamente novidade.
A novidade está no crescente desrespeito que os alunos, os pais e o Ministério demonstram pela difícil tarefa de EDUCAR.
Numa altura em que a responsabilidade de dar EDUCAÇÃO (no seu sentido mais amplo) recai cada vez mais sob a escola e menos sob a família, assistimos a este triste espectáculo em que os alunos e os encarregados de educação (ou não visto que os rufias não a têm) se acham no direito de “castigar” os professores por fazerem o seu trabalho e tentarem instruir as criaturas com algo mais útil e transcendente do que os Morangos com Açúcar.

E de quem é a culpa?
As políticas demonstradas pelo nosso Ministério retiram cada vez mais autoridade e regalias aos nossos professores, para além de lhes congelarem as progressões na carreira e muitas vezes oferecerem contratos precários. Agora lembraram-se de pôr os paizinhos a avaliar a professora. Qual é a lógica aqui? “A Sr.ª Professora chumbou o meu rico menino, eu vou dar-lhe nota negativa, furar-lhe os pneus do carro e pôr-lhe um olho negro!”. Que belos exemplos…

Como resolver o problema da delinquência e violência nas escolas?
Eu não faço ideia porque essa não é a minha área. No entanto aconselhava o Ministério a escutar mais os peritos na matéria ou corremos o risco de extinguir os professores em Portugal! Não vai ser um meteorito que vai extinguir os professores mas os esgotamentos nervosos!

A bela profissão do Ensino. Onde está o meu Prozac?
Algumas estatísticas recentes apontam para uma enorme percentagem de professores que:
1) Já consultaram ou consultam psicólogos;
2) Já sofreram ou sofrem de esgotamentos nervosos, depressões e etc’s;
3) Passaram ou passam imenso tempo de baixa devido a problemas de natureza psicológica.

Onde vamos parar? Como devolver a dignidade ao nosso Ensino e aos nossos professores? O caminho passa com certeza por uma séria mudança de políticas. Veja o que faz Sr.ª Ministra!

quarta-feira, janeiro 24, 2007

duplica número de crianças para adopção em Portugal

"O número de crianças em condições legais para serem adoptadas duplicou em apenas três meses."
Menciono somente esta frase para simplesmente fazer notar que existem tantas crianças ao abandono, (menos mal, umas estão para adopção)... Realmente todo o bébé tem o direito à vida, mas que seja em boas condiçoes!!! assim como toda a criança tem direito à vida, tem sobretudo ter direito a uma vida digna de condiçoes humanas.. se uma criança nasce para viver em condiçoes miseras, abaixo das condiçoes minimas necessárias, acho, que mais vale não nascer (se calhar ela própria desejaria nao ter nascido)... Nesta altura em que só se pensa no referendo, quem está contra o aborto, não deve pensar em todas as aternativas possiveis, só pensando, sim, de que se já bate um coração já é um crime "parar" esse coração... Entao, mas tambem deverá pensar de que esse "coração" deverá ter um sitio para viver, uma familia para de si cuidar... devia pensar nas imensas crianças que andam por aí perdidas, abandonadas, ou em instituiçoes à espera que algume lhes dê um lar que lhes dê um quentinho nestas noites de inverno...
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segunda-feira, janeiro 15, 2007

As crianças vêem. As crianças fazem.



Na sequência da execução de Saddam Hussein pelo menos três crianças no mundo suicidaram-se após terem visto na televisão as imagens do seu enforcamento. A propósito disto um amigo enviou-me um mail sobre uma campanha levada a cabo na Austrália para sensibilizar as pessoas para os seus comportamentos diante das crianças.

Apesar de tudo, sou pela vida.
A execução de alguém já é, por si só, um acto que todos devemos lamentar uma vez que é um exemplo claro de que a democracia não está a funcionar num país. Não estou a querer desculpar os actos horrendos de Saddam Hussein e também não digo que, no fundo não desejasse que fosse convenientemente punido. No entanto, não nos podemos esquecer que a pena de morte é um homicídio. Adiante…

Imagens Extremamente Violentas.
As imagens que passaram na televisão (apesar de nós telespectadores portugueses já estarmos habituados) eram de uma crueldade e de um sadismo impressionante. E para aumentar a emoção, repetiram-nas durante várias vezes, em várias edições e durante vários dias seguidos. Sem acompanhamento e esclarecimento dos adultos, o que terão aquelas crianças pensado?

Sérgio – o menino que não deu presente de Natal à mãe.
O menino que se enforcou nos Estados Unidos chama-se Sérgio e tinha 10 anos. Aparentemente, não terá tido verdadeira intenção de morrer, mas achava que tal como Saddam havido sido mau e foi castigado, ele devia ser castigado por não ter dado um presente de Natal à sua mãe. Se não fosse pelo desfecho, até seria uma história comovente.

As crianças vêem. As crianças fazem.
Os exemplos que damos às nossas crianças são os “moldes” da sua formação e aquilo que no futuro vão usar como referência na sua vida.
Moral da história: talvez não fosse má ideia vigiar melhor o que as nossas crianças vêem e, quando não podemos evitar que assistam a estas desgraças, devemos falar com elas de modo a que possam compreender. Não sei se conseguiria fazer uma criança compreender isto, eu tenho 21 anos e ainda não compreendo…

domingo, janeiro 14, 2007

Referendos,abortos e etc...

A data aproxima-se e o vencedor à muito que foi anunciado. ABSTENÇÃO Esperam-se taxas acima de 50%!!!!E isto são as previsões mais optimistas,porque se calha de estar bom tempo nesse dia o pessoal balda-se pra ir passear;se o tempo estiver mau a malta nem sequer sai de casa para não se constipar.....
Mas também ir votar e fazer uma escolha,num processo tão i mportante como um referendo,a um assunto tão melindroso como o aborto,sem que tenha sido feito um esclarecimento e uma discussão séria sobre o assunto,a pergunta que vai a referendo e as implicações da resposta....
Muita gente continua a pensar que a questão é ser a favor ou contra o aborto.Penso que a questão extravaza esta órbita de decisão moral,que,quando formos confrontados com essa realidade teremos de escolher em consciência.
A questão aqui é a criminalização do acto,da mulher que decide não dar à luz uma criança que não deseja, e do médico que a ajuda.Aqui é que tem de entrar a nossa consciência colectiva e pensar se realmente é caso para penalizar quem já sofreu tanto,porque eu não acredito que nenhuma mulher faça um aborto por querer,mas sim como ultimo recurso.
A discussão sobre a vida é indissociàvel da discussão sobre a qualidade de vida,impossivel se não formos desejados e acarinhados como crianças.Por muitos argumentos que existam contra o aborto nenhum vai convencer quem realmente está disposto a fazê-lo.
E, assim como assim,é uma hipocrisia continuarmos a ser contra,quando basta atravessar a fronteira para o fazer.`
É urgente uma discussão séria sobre o assunto,que leve as pessoas às urnas,a votar em consciência.
E já que os partidos e outros movimentos não a estão a fazer,vamos nós, na escola,nocafé, no emprego, lançar esta discussão e obrigar as pessoas a pensar.

sexta-feira, janeiro 05, 2007

O Silêncio dos Inocentes


Daniel, Joana, Fátima Letícia, Vanessa…e Sara. Estes são os nomes dos meninos que não podem dar voz ao seu sofrimento, à injustiça e aos maus-tratos. Assistimos mais uma vez quase impassíveis à morte de uma criança mal-tratada, presumivelmente pelos pais.

Que devemos nós como sociedade fazer?
Estas notícias matam-me por dentro, revoltam-me profundamente. Não suporto mais ligar a televisão e descobrir que MAIS uma criança morreu devido a maus-tratos provocados por familiares. Como é possível que a estrutura que deveria proteger e nutrir as crianças seja aquela que contribui para a sua morte? Será que a sociedade moderna perdeu a noção e deixou de dar importância à família? Nós como sociedade temos o dever de proteger estas crianças contra a sua própria família se for preciso. E não precisamos de fazer muito. Às vezes basta um telefonema. Se quando a Vanessa estava aos gritos dentro do apartamento por a avó a estar a escaldar na banheira, os vizinhos tivessem telefonado à polícia, aos bombeiros, à protecção de menores… quem sabe se hoje a história não teria tido um final diferente?

Comissão de Protecção de Menores
Eu sei que muita gente aponta o dedo à Comissão de Protecção de Menores. Mas eu não. Eu sei, porque o sinto, que a responsabilidade desta situação é de todos e que a solução está nas mãos de todos. Como poderemos esperar eficácia da Comissão se eles não têm meios para trabalhar? A Comissão não faz o seu trabalho porque não quer mas sim porque não pode.
Todos nós podemos ter um papel activo na protecção destes meninos e meninas. Uma maior sensibilização e esforço por parte de todos fariam com que casos dramáticos como estes fossem raros. Basta um telefonema ou quantos de vós já pensaram em ser famílias de acolhimento?

Silêncio dos Inocentes
Decidi escrever este post porque sentia necessidade de não deixar cair no esquecimento estes meninos, silenciados do seu riso, do seu choro, impedidos de protestar e privados de ser. Estes inocentes estão em silêncio. Mas eu não quero calar-me, não quero ver notícias destas na televisão e deixar passar. Quero dar voz aos inocentes e à minha revolta.

O nosso dever é proteger as nossas crianças.


Nota: A bebé Fátima Letícia não morreu mas encontra-se com profundas deficiências a nível físico e neurológico e graças a essas mazelas nunca terá uma vida normal.